Opinião: Ser "campeão do mundo da NBA" não basta mais para os EUA no basquete

Norte-americanos deixam jogo contra a Alemanha cabisbaixos com eliminação na semifinal

Os Estados Unidos estão fora da grande decisão da Copa do Mundo de Basquete novamente. Sem vencer a competição desde 2014, os norte-americanos, que são os maiores campeões mundiais ao lado da extinta Iugoslávia, com cinco títulos cada, enfrentarão nos próximos dias um intenso escrutínio por parte dos comentaristas locais. Essa derrota pode até criar um clima de redenção para Paris. Com as recusas das principais estrelas, o envelhecimento de ícones como LeBron James e a crescente internacionalização da NBA, surgem muitas dúvidas sobre a hegemonia que os Estados Unidos sempre tiveram no basquete.

Como foi o jogo: EUA 111 x 113 Alemanha

Apesar das quatro vitórias consecutivas em Jogos Olímpicos desde a tragédia de Atenas, quando os norte-americanos ficaram fora da decisão pela primeira vez desde 1992, o chamado “Dream Team” enfrenta dificuldades no cenário da FIBA. Na Copa do Mundo de 2019, os Estados Unidos foram eliminados nas quartas de final pela França, um resultado surpreendente. Antes disso, o time estava invicto em Mundiais e Olimpíadas desde 2006 e voltou para casa sem medalha pela primeira vez desde 2002. aviator betano

Recentemente, uma derrota para a Lituânia já havia acendido o sinal de alerta, e o revés para a Alemanha na semifinal definitivamente colocou o basquete norte-americano em dúvida. Um “catadão” estadunidense não será suficiente para dominar qualquer torneio futuramente; o basquete se tornou um esporte cada vez mais globalizado e competitivo.

Campeão do Mundo dos Estados Unidos?

A eliminação dos EUA ocorre em um momento polêmico para o “Mundo NBA” betano apostas esportivas. É tradição nas ligas esportivas dos Estados Unidos que as franquias expõem em seus estádios “banners” mencionando seus títulos. No entanto, chama a atenção que as equipes campeãs da NBA, NFL, NHL e MLB se autodenominem “campeões do mundo”.

Essa terminologia sempre foi alvo de críticas fora dos Estados Unidos. Mas foi necessário que um norte-americano, o velocista Noah Lyles, campeão mundial nos 100 metros rasos, abordasse essa questão e questionasse essa “auto-proclamação”. Em uma entrevista descontraída no Campeonato Mundial de Atletismo, ele disse: “Eu assisto à final da NBA e eles têm a inscrição ‘campeão do mundo’ em suas cabeças (bonés comemorativos). Campeão do mundo de quê? Dos Estados Unidos? Eu amo os Estados Unidos algumas vezes, mas eles não são o mundo”.

A declaração gerou uma onda de reações entre os jogadores da NBA, que foram às redes sociais criticar o velocista hellobet login. O ala do Phoenix Suns, Kevin Durant, chegou a ironizar Noah, pedindo ajuda a alguém betamo . Draymond Green, um dos pilares do multicampeão Golden State Warriors, ficou revoltado: “Quando se tenta falar algo inteligente, dá errado”, afirmou.

Com a eliminação dos Estados Unidos na Copa do Mundo de Basquete, o comentário de Noah Lyles ganhou nova repercussão, incluindo menções pelo perfil oficial da World Athletics no Twitter. A derrota norte-americana reacendeu a polêmica e exigirá uma resposta dos ídolos do basquete do país.

Os Estados Unidos já estão garantidos para os Jogos Olímpicos de Paris. Agora, a dúvida é saber como Steve Kerr conseguirá motivar (se necessário) os destaques da NBA a se unirem ao seu projeto olímpico. Vale lembrar que os norte-americanos participaram do Mundial deste ano com um time menos qualificado, mesmo com jogadores de destaque na NBA. A equipe jovem conseguiu vencer algumas seleções, mas caiu diante de times com forte entrosamento coletivo. Será necessário muito mais do que talento individual para que os EUA voltem ao topo do basquete e sejam, de fato, campeões do mundo, mesmo que o ouro olímpico esteja ao alcance no próximo ano.

O que você acha que a seleção dos Estados Unidos precisa para retomar sua posição de destaque no basquete mundial?

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